Os erros mais comuns realizados por advogados iniciantes e como evitá-los
- Luciana Fischer
- 21 de dez. de 2023
- 3 min de leitura
É comum começar a advogar sem ter tido muitas experiências práticas, oficinas ou cursos preparatórios. A realidade teórica da Faculdade é bem diferente quando temos que ir para a prática.
Comecei minha jornada na advocacia há 10 anos sem nenhum "advogado padrinho" ou rede de apoio para me ajudar a começar, já que sou a única advogada da família, não tive ninguém para me dar um norte, para mostrar o melhor caminho, para me orientar, o início foi desafiador.
A minha experiência prática me mostrou erros graves a serem evitados ou corrigidos para quem está iniciando a advocacia.
1- Achar que cliente cai do céu:
"Me formei , tenho OAB, agora vai chover cliente atrás de mim". Sinto informar, mas isso não vai acontecer, se você não tiver uma postura ativa. A prospecção de clientes exige sua exposição profissional, se fazer presente em eventos, palestras da OAB e etc.
Com base na minha experiência prática as prospecções surgem da indicação de outros advogados, amigos e familiares.
Por isso é importante estabelecer parcerias com outros advogados de área distinta da sua, pois caso surja algum cliente, esse profissional irá te indicar.
Outro ponto importante para a prospecção é investir no Marketing Jurídico, estar presente de forma ativa nas redes socias, pois você cria senso de autoridade, e as pessoas que te seguem vão se lembrar de você caso surja algum problema.
É importante também falar do que você faz em qualquer oportunidade, se você frequenta o mesmo salão há um tempo, fale da sua profissão. As pessoas precisam saber que você é advogado (a), pois caso surja qualquer problema, essa pessoa lembre de você.
2- Não cobrar honorários de maneira adequada:
Quem nunca cobrou honorários achando que seria simples ou rápido e se viu trabalhando de graça por anos? Por isso é preciso saber precificar os seus serviços, já que muitas vezes nós pagamos para trabalhar.
É essencial calcular as horas que você irá trabalhar em determinado processo, a complexidade da causa, o perfil do cliente, já que existem aqueles que irão demandar muito mais do seu tempo, te mandarão mensagens perguntando do andamento do processo e dúvidas que surgirem. Isso tudo deve ser levado em consideração no momento de precificar.
3- Não se mostrar/portar como um advogado:
A primeira impressão é a que fica, por isso é importante investir no seu capital visual, estar bem apresentado, ter uma postura firme, segura.
Vivemos em uma sociedade onde somos medidos, analisados e pré-julgados constantemente. Nossa tomada de decisão está condicionado a percepção de imagem que tivemos de alguém.
Todos nós comunicamos algo antes mesmo de abrir a boca, por isso é fundamental exteriorizar a postura e imagem de um bom profissional.
Outro ponto que não pode passar despercebido, é o investimento na identidade visual, escolher uma logo, as cores que irão representar seu Escritório; isso dá credibilidade a sua empresa, atrai clientes, te faz destacar da concorrência, e te faz ser identificado pelo seu público.
4- Não manter relacionamento com o cliente:
A grande reclamação dos clientes é “Ele pegou minha causa e nunca me deu retorno”. A queixa campeã da maioria dos clientes é a falta de retorno dos advogados.
Mais difícil que prospectar clientes novos é manter os já conquistados.
Se importe com seu cliente, pois ele deposita e investe em você toda a confiança.
Não se limite a fazer apenas o serviço que foi contratado. Mande uma mensagem para perguntar se ele tá bem? se precisa de algo? Tenha bom relacionamento com seu cliente.
Sabemos que há muita concorrência na advocacia, mas se você estiver disposto a aproveitar as oportunidades de fazer diferente e se destacar dos demais profissionais, o reconhecimento e sucesso são garantidos.
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